“Olho à
volta e desconheço o sítio
As pessoas, a fala, os movimentos
A tristeza perfilada por horários
Este odor miserável que nos envolve
Como se nada acontecesse.”
As pessoas, a fala, os movimentos
A tristeza perfilada por horários
Este odor miserável que nos envolve
Como se nada acontecesse.”
UHF – vernáculo
"Marcha da indignação, 8 de
Março de 2008."
Já passaram sete anos, os professores poderiam ter feito HISTÓRIA, mas várias traições e hesitações de diversas matizes fizeram com que se desperdiçasse o justo movimento de revolta.
Já passaram sete anos, os professores poderiam ter feito HISTÓRIA, mas várias traições e hesitações de diversas matizes fizeram com que se desperdiçasse o justo movimento de revolta.
E agora?
Olhamos em volta e que
vemos?Despojos tristes de uma classe em modo “zombie.”A uma “sinistra ministra”, de má memória, seguiu-se o Nero da escola pública. Tudo piorou, mas, como cantam os UHF: “como se nada acontecesse”. Anda tudo muito arrumadinho e submisso.
Por onde andam os nossos
“generais?”
À volta da mesa alguns,
outros debaixo da cadeira ou cadeiras. Acagaçados desistiram de mobilizar os
professores, renderam-se definitivamente ao medo e à mediocridade estratégica
que sempre os guiou. Triste fado, destino triste, o de um exército que tem tão
péssimos líderes. O inverno da escola pública está aí e não se vislumbra chama
capaz de destruir os icebergs dos negociantes de escravos instalados na Cinco
de Outubro.
Mas será que a culpa é só
dos generais?
E se um dia os soldados
perderem o medo?
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