domingo, 8 de março de 2015

Generais com medo


 “Olho à volta e desconheço o sítio
As pessoas, a fala, os movimentos
A tristeza perfilada por horários
Este odor miserável que nos envolve
Como se nada acontecesse.”
 
UHF – vernáculo
"Marcha da indignação, 8 de Março de 2008."
 Já passaram sete anos, os professores poderiam ter feito HISTÓRIA, mas várias traições e hesitações de diversas matizes fizeram com que se desperdiçasse o justo movimento de revolta.
E agora?
Olhamos em volta e que vemos?
Despojos tristes de uma classe em modo “zombie.”A uma “sinistra ministra”, de má memória, seguiu-se o Nero da escola pública. Tudo piorou, mas, como cantam os UHF: “como se nada acontecesse”. Anda tudo muito arrumadinho e submisso.
Por onde andam os nossos “generais?”
À volta da mesa alguns, outros debaixo da cadeira ou cadeiras. Acagaçados desistiram de mobilizar os professores, renderam-se definitivamente ao medo e à mediocridade estratégica que sempre os guiou. Triste fado, destino triste, o de um exército que tem tão péssimos líderes. O inverno da escola pública está aí e não se vislumbra chama capaz de destruir os icebergs dos negociantes de escravos instalados na Cinco de Outubro.
Mas será que a culpa é só dos generais?
E se um dia os soldados perderem o medo?


 

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