domingo, 31 de julho de 2011

Carpe Diem !

Foto :   L . Sérgio




Férias!
Caros leitores, caríssimos amigos e visitantes, é tempo de descanso, de coisas novas ou revisitar “velhos lugares”, enfim, aproveitemos esta pausa, reencontremos o doce e calmo tempo de SER sem tempo.
Volto em Setembro. Até lá: Um grande abraço e ÓPTIMAS FÉRIAS!
 

sábado, 30 de julho de 2011

Cavalos de Corrida


Avaliação de Desempenho.
A estocada final

Cá estaremos para ver como fica a dita avaliação docente, que como sabemos não pretende avaliar coisa nenhuma, tão só controlar e domar os professores. Se servisse para melhorar ou ajudar não estaríamos “congelados” nem sujeitos a quotas absurdas. Em Setembro teremos novidades, se calhar não tantas como parece. Para já, não sei bem porquê, cada vez que oiço falar ou leio sobre a ADD lembro-me de uma velha canção dos UHF “ cavalos de corrida”. Será analogia com a letra e com o que se passa nas escolas com os professores? Talvez! E correm para quê, vale a pena correr para o pódio, quando este já está ocupado por pilecas que caminharam fora de pista?

Deixem-se de manobras, para quê tanto alarido, mas há alguém neste país que perceba mais de avaliação do que os professores?! Estou farto, farto, fartíssimo, de tudólogos de merda “que todos os dias falam na televisão e jornais daquilo que não sabem.

sábado, 23 de julho de 2011

CAUSA !

Foto: Luís Sérgio

Causa
A causa das coisas
nunca é a verdadeira
causa das coisas.
A causa é
sempre maior
que as coisas.

A causa leva-nos,
traz-nos, conforta-nos,
alimenta-nos no que somos,
no que queremos.
A causa valor acrescido
que nos conforta a pausa.
Causa é
pausa.
Sossego numa vida
tristonha, enfadonha,
escura e triste.
Arco-íris num dia de Inverno.
Primavera antecipada,
vermelho no Verão.
Causa é Sonho.
Causa é origem, princípio sem fim.
Causa é tudo o que não és.
Causa é tudo o que não sou.

Causa é princípio de ti.
Sonho de mim,
encontro para além de tudo.
Sonho sem fim.
Causa é razão
Pensamento,
Liberdade.
Aventura, paz em ti.
Causa é uma não explicação
percebida em mim.

Causa fim,
princípio.
Razão de pausa
de vidas distendidas,
contidas,
de que não sei,
não entendo ou compreendo
hipocrisias escondidas.
Causa é tudo o que somos
e outros temem.

Causa é
a pausa de tudo
porque existes,
por isso, vive.
Segue, luta e progride!
E, não interessa se estás
ou se te põem em causa.

Luís Sérgio, Janeiro de 2011
(escrito no telemóvel).

CRISE



Ajudem os pobrezinhos.

Em tempo de crise é preciso ajudar os pobrezinhos, coitadinhos…e se forem velhinhos ainda mais… Temos que fazer sacrifícios para sair da lixeira. Há por aí uns mal intencionados que dizem que a crise é só para alguns, todos temos responsabilidades, então não temos?! Por isso, é bom divulgarmos os exemplos de abnegação e sacrifício em prol da pátria, a bem da nação. Sem mais comentário aqui fica:
A senhora presidente da Assembleia da República atribuiu a Mota Amaral na sua “qualidade” de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária e um BMW 320 com motorista.

domingo, 17 de julho de 2011

Vida.


Vida e tempos que correm…

Das melhores coisas que li ultimamente.

Aqui fica, um texto do escritor José Luís Peixoto, lido na Praça Sintagma (Grécia), escrito para o Mayday Lisboa 2011.

Em minha opinião devia ser leitura obrigatória nas escolas portuguesas. Se calhar não passaria nas “Comissões de censura”, por falar, por apelar, a algo que a Escola cada vez nega mais aos que a frequentam e nela sobrevivem, vida e direito à vida. Vá lá… logo que recomece o ano lectivo, experimentem, leiam e discutam este documento com os vossos alunos.

Ousem ler, ousem lutar, ousem viver, tenham a coragem de SER. Abandonem de vez o medo que vos mata.

Impossível é ficar calado

“Se te quiserem convencer que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme, longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho.

Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos.
As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos.

Além disso,
é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compraram com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelo menos, tentaram.

O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.

Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhe que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz.”

José Luís Peixoto. (Quem é? – Clica Aqui!)

Coldplay Viva la vida

domingo, 10 de julho de 2011

Desmascarar o embuste.


Lupus mutat pilum non mentem.

Em declarações à “SIC Notícias” o professor Santana Castilho disse umas quantas verdades e defendeu um conjunto de ideias para a educação que merecem toda a atenção e reflexão.
Convém, desde já, esclarecer que não concordo com o email que por aí circula a acompanhar o vídeo da entrevista, intitulado:“ zangam-se as comadres “. A questão é mais profunda, é de carácter, ideológica e política. De carácter, porque revelou que de um lado estava uma pessoa com carácter e de palavra, do outro, mais um “ papagaio” sem palavra, sem carácter e sem réstia de qualquer conhecimento do que é seriedade; de política, porque a avaliação dos professores transformou-se numa arma política, melhor numa arma de afirmação e jogo político. O senhor dos Passos conhecedor de que as ideias sobre educação de Santana Castilho granjeavam apoio num largo sector da classe docente procurou capitalizar essa simpatia e, de mansinho, muito sorrateiramente, foi-se comprometendo e assumiu como suas ideias que eram doutro. Mas, como o quem ideias alheias toma na rua as despe, chegado ao poder, tudo obnibulou, tudo negou, tudo se foi. A partir de agora, sabemos que em termos ideológicos o Sr. Coelho é uma espécie de mito pessoano, os seus pensamentos num dia são tudo, noutro nada. Nada, noves fora nada, fazem do citado senhor um zero à esquerda (salvo seja, devia escrever direita), um verdadeiro nítido nulo. O problema é ainda político, porque o professor Santana Castilho defende uma política de Escola e para a Escola que não agrada aos mandantes da maioria agora eleita: uma política de defesa de uma Escola Pública Democrática e de respeito pela profissionalidade docente. E, aqui, meus amigos: “ é que a porca torce o rabo”. O “novo poder” deseja a todo o custo a privatização generalizada das escolas, os cheques ensino, a municipalização, a gestão autocrática, são a preparação do negócio. O lucrativo comércio educativo para avançar precisa de gestores cada vez mais dependentes do ME, mais subservientes e mais capazes de subjugar os professores. O que reconhecidamente se verificou como mau, fica agora mais reforçado e à vontade para continuar o achincalhamento. Não se trata de um problema de dinheiro, a gestão democrática ficaria mais barata, porque não regressar à eleição dos dirigentes escolares, porque não voltar à participação dos professores nas decisões, quais os custos? Os directores, neste momento, não dão aulas, já têm a sua compensação, porquê pagar-lhes mais, num país falido que tira dinheiro aos pobres… Sem as prebendas ver-se-ia quem se candidata pela educação. Veríamos finalmente quais estão por amor à causa.
A avaliação como prática de dominação patrão/empregado, numa lógica do século XVIII, constitui o cerne do actual modelo docente, a sua monstruosidade e o seu lado kafkiano assentam, sobretudo, nesta ideia. Mas isto o PSD quer, sempre quis, o problema, a aparente discordância, nunca foi ideológica, nunca foi política, a questão está tão só o não ser ele a mandar. Conhecem a História Do Cavalo Mau… para alguns, era uma autêntica e perigosa pileca, apeado o montador e substituído por cavaleiro nobre, a montada fez-se fogosa, bela, adornada e insubstituível. Assim está a avaliação dos professores.
Pelo que disse, e pelo muito que ficou por dizer, o Professor Santana Castilho era um obstáculo, uma perigosa pedra no caminho dos interesses dos servidores da troika. E sem dó nem piedade foi removido.
Acreditar, confiar. Estes foram os erros do professor Castilho, acreditar em quem não devia, pois, como diz o provérbio latino: Lupus mutat pilum non mentem, ou seja, “ O lobo muda o pêlo, não o instinto”.

Vejam e oiçam com atenção :


domingo, 3 de julho de 2011

O Segredo de Barcarrota.

O novo romance de Sérgio Luís De Carvalho, O Segredo de Barcarrota , foi apresentado ontem na FNAC do Chiado, em Lisboa, por Miguel Real.

Baseado em factos reais ocorridos em Barcarrota e Olivença, em meados do século XVI, o médico cripto-judeu Francisco de Penharanda leva uma vida pacata. Contudo , algumas sombras toldam a sua vida e a sua fé. Numa época em que as trevas da inquisição se adensam, o médico tem de rezar em clandestinidade, contando com a cumplicidade dos vizinhos e até do pároco local

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